Seres Verdes Ao Redor (2006, Trombador)
A droga: LSD, maconha e sapos.
A droga: LSD, maconha e sapos.
Seu cérebro vai derreter. Condensando quase quatro décadas de inventos psicodélicos e experiências marcadas pela lisergia, Seres Verdes ao Redor,
obra que apresentou oficialmente o Supercordas, é um verdadeiro
delírio. Ainda que a essência de grupos veteranos como Os Mutantes e
Clube da Esquina esteja estampada nas canções do grupo, é no teor
bucólico próprio da banda, que o trabalho cresce. Com o subtítulo de “música para samambaias, animais rastejantes e anfíbios marcianos”,
o registro é um passeio por um terreno úmido e fértil, uma charneca
criativa como uma das primeiras canções logo entrega. Íntimo do rock
rural, mas não necessariamente imerso em um ambiente confortável, o
álbum se modifica a todo o instante. São emanações puramente melódicas (Ruradélica), doses condensadas de nostalgia (Frog Rock) ou mesmo instantes de puro experimento (Sobre o Calor).
O ecoar de sapos e sons orgânicos por toda a obra expande ainda mais a
percepção de que não se trata apenas de um disco, mas um espaço aberto
para qualquer visitante.
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