Quando
o festival O Começo do Fim do Mundo aconteceu em 1982, o mundo era um
lugar inóspito dividido entre duas superpotências nucleares, que tinham o
poder
de destruir várias vezes o planeta Terra. Os punks paulistas reuniram
sua nata
no SESC Pompeia para colocar a boca no trombone: foram dez bandas de São
Paulo e
dez do ABC, no que foi um dos maiores festivais punks do mundo na época.
Trinta
anos se passaram e o planeta não é mais o mesmo: aquecimento global,
efeito
estufa, calendário Maia. Nossa existência está novamente ameaçada, mas o
punk
continua aí. Nasce então, O Fim do Mundo, Enfim, um novo festival punk
unindo
gerações, o velho e o novo juntos, mostrando que o antigo discurso nunca
esteve
tão atual. Com curadoria de Clemente (Inocentes) e assessoria de Antônio
Bivar.
Dia 18 de maio. Sexta-Feira, às 21h30. Entrada 16 inteira e 8
meia.
Cólera, Restos de
Nada e
Condutores de Cadáver
Condutores de
Cadáver
A
paulistana Cólera se formou em 1979, fazendo parte da incipiente
criação do
punk brasileiro. Fez turnês pelo Brasil e Europa e, em uma época em que a
ecologia não fazia parte da pauta do dia, o grupo tratou sobre o tema.
Já
produziu sete álbuns e tem músicas para um novo CD, ainda sem previsão
de
gravação. É formada por Wendel (vocal), Anselmo (guitarra), Pierre
(bateria) e
Val (baixo). Na mesma noite apresenta-se a banda Restos de Nada. Surgida
na Vila
Carolina, zona norte de São Paulo, em 1978, tem dois discos “póstumos”
gravados,
já que, depois de sua dissolução, os integrantes se reuniram para
documentar
suas músicas. O CD RDN II, com gravações históricas do último ensaio da
banda,
traz quatro canções não incorporadas ao trabalho anterior. É formada por
Ariel
(vocal), Douglas (guitarra), Luiz (baixo) e Nonô (bateria). Quem abre a
noite é
uma das bandas precursoras do movimento punk, Condutores de Cadáver,
nascida na
zona norte paulistana e que teve curta duração (de 1978 a 1981), apesar
de ter
influenciado vários grupos. Não possui nenhum registro fonográfico, pois
o
movimento apenas engatinhava no país. Índio (vocal), Callegari
(guitarra), Luis
Abondanza (guitarra), Hélio (baixo) e Babão (bateria). Choperia.
Dia
19 de maio. Sábado, às 21h30. Entrada 16 inteira e 8 meia.
Olho
Seco, Agrotóxico e Lixomania
Fábio vocalista da Olho Seco
Criada
em 1980, o Olho Seco participou da primeira coletânea punk, Grito
Suburbano, de 1982. Já teve versões de suas músicas feitas pela banda
finlandesa
Força Macabra e também pela italiana Criple Bastards. Fez uma turnê
europeia em
1999, em que se apresentou em nove países. Formada por Fabio Sampaio
(vocal),
Marcos Abreu (Guitarra), Jeferson Bem (baixo) e André Carmo (bateria).
Criado em
São Paulo, em 1993, o grupo Agrotóxico já fez diversas turnês europeias e
também
participou em conjunto em um álbum com o Flicts, em 2004. Com sete CDs
gravados,
tem uma agenda de shows no Canadá e nos Estados Unidos para o lançamento
de
Libertação, em meados de 2012. É formada por Marcos (guitarra e vocal),
Jeferson
(baixo e vocal), Arthur (guitarra) e Pedro (bateria). Surgida em 1979, a
banda
de punk paulistana Lixomania gravou um EP e dois CDs. Foi uma das
primeiras a
lançar um disco punk individual no Brasil, Violência e Sobrevivência, em
setembro de 1982. Teve como influência os grupos Sex Pistols, Ramones,
The Clash
e Sham 69, entre outros. Moreno (vocal), Mirão (bateria), Rogério
Martins
(guitarra) e Luis Camargo (baixo).
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