segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A ditadura e seu tiro que saiu pela culatra

Agenor de Miranda Araújo Neto mais conhecido como Cazuza, em sua curta vida, revolucionou a música brasileira, e balançou as estruturas conservadoras políticas e sociais com sua poesia, que andava magistralmente na linha tênue entre o popular, o underground e a nata erudita da língua portuguesa.

O que a ditadura militar fez de bom no Brasil, foi fazer com que jovens loucos e rebeldes saíssem de suas tocas e falassem tudo aquilo que era proibido, da mesma forma que a ditadura tentava de todas as formas oprimir e destruir os espíritos rebeldes, ela sem querer os ajudou a cria-los, e Cazuza foi um destes prolíferos artistas, mesmo com todas as facilidades proporcionadas por sua família bem estruturada financeiramente. Cazuza não foi um grande revolucionário político mas foi um grande revolucionário social.


O Grito Rock

Festival produzido de forma colaborativa, deu início à sua 12ª semana, com a promessa de realizar apresentações em 400 cidades de 40 países. Em São Paulo, o festival será no Auditório Ibirapuera, com uma programação que conta com três estilos musicais diferentes: o rap, o rock jovem guarda e o funk.
O festival existe desde 2007 e foi criado em Cuiabá como uma alternativa ao Carnaval tradicional. Segundo texto publicado no site do próprio Grito Rock, “esse é um festival que não se deixa levar por vaidades. Carrega a missão de inovar, renovar, remixar. Reinventa o fevereiro”. Além da América Latina, onde o Grito Rock será realizado em 16 países, o festival irá ainda para a Europa, a Oceania e a África.
Já sobre as apresentações realizadas no Auditório Ibirapuera, o festival abre com o rap do Projetonave e sua mixtape gravada na clássica K7, com MCs convidados como KLJ, Ogi e Marechal. O segundo dia conta com o rock jovem guarda de Lafayette e Os Tremendões, misturando estilos como carimbó e o rock atual. Para fechar, o funk popular de Menor do Chapa e seus convidados.













28 de fevereiro, 1 e 2 de março de 2014
sexta e sábado às 21h, domingo às 19h
R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
indicado para maiores de 12 anos
Auditório Ibirapuera
Avenida Pedro Álvares Cabral, 0

CinEduca - A Onda

A educação é a base de todas as civilizações contemporâneas. É através dela que as novas gerações são introduzidas (e muitas vezes disciplinadas e condicionadas) ao modo de funcionamento social. 
Por conta disso, teorias, metodologias e pedagogias distintas atravessam os espaços educacionais públicos e privados do planeta. Pensando em discutir diferentes modelos, experiências e ideias sobre educação, a Casa Mafalda dá início a um novo cineclube, o CinEduca.

Para a primeira edição, será exibido o filme A Onda, de 2008, que fala sobre o poder de manipulação de massas que a educação carrega consigo - em ano de aniversário de 50 anos do golpe civil-militar brasileiro e de tramitação de novas leis de exceção pelo país, um tema necessário de ser discutido.
Para debatê-lo, estará presente o Movimento Autônomo pela Educação, que em 2013 ocupou a frente da Secretaria da Educação de São Paulo, e o Cursinho da Psico-USP, uma experiência autogestionária que existe há 16 anos na faculdade de Psicologia da USP e milita pelo fim do vestibular.

Dia 26 de fevereiro, quarta-feira, 19h. A exibição do filme começará pontualmente às 19h30 (igual cinema comercial, mas sem ter que pagar ingresso caro) e o debate corre logo em seguida.
Compareça!


CinEduca Casa Mafalda
Rua Clélia, 1895. Lapa 

"O Destino"

Egressos da Lixomania, banda paulista que lançou o primeiro disco punk no Brasil, o 365 iniciou atividades em 1983. Gravou os álbuns São Paulo/Canção para Marchar (disco-mix, 1986), 365 (1987), Cenas de um Novo País (1990) e Do Outro Lado do Rio (2005). Com uma sonoridade pós-punk e letras politizadas, que renderam ao grupo o rótulo de rock de combate, tem canções como “São Paulo” e “Grândola Vila Morena” (versão da composição do português Zeca Afonso que foi transformada em hino pelos manifestantes na Revolução dos Cravos) consideradas clássicos do rock nacional.

A banda faz o lançamento de O Destino, quarto disco de sua carreira. Além do repertório do novo trabalho, músicas de toda a carreira e os clássicos imprescindíveis. Formada por Miro de Melo (bateria e voz), Ary Baltazar (guitarra e voz), Roberto Pallares (baixo e voz) e Neto Trindade (voz). A banda conta com as participações especiais de Tatola (ex-Não Religião e atual Nem Liminha Ouviu) no dia 27 e Mingau (Ultraje a Rigor e integrante da primeira formação do 365) e Thunderbird (Devotos de Nossa Senhora Aparecida) no dia 28.



365
SESC Belenzinho
R. Padre Adelino, 1000.
27 e 28 de fevereiro às 21h30
Entrada r$ 25 (inteira) r$ 12 (meia)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

meneio

Músicas instrumentais autorais sobre sentimentos cotidianos

A banda meneio é: 
Jovem Palerosi - guitarra e samples 
Eduardo Rodrigues - sintetizador e samples 
Adeniran Balthazar - baixo 
Zé Guilherme Aquiles - bateria 

"meneio" é formada por músicos que possuem um histórico de trabalho em diversas bandas e projetos colaborativos dentro da cena independente. O grupo trabalha em músicas instrumentais autorais que tem como ponto de partida a narrativa de sentimentos cotidianos, expressada através da junção de instrumentos orgânicos e eletrônicos. Através da colaboração com vjs, artistas visuais e videomakers cada apresentação possui uma cenografia específica, criando um ambiente sinestésico que potencializa a experiência do show. 
Escuta os caras no vídeo acima! 


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Discografia aBRigo BRock: Supercordas

Seres Verdes Ao Redor (2006, Trombador)

A droga: LSD, maconha e sapos.

Seu cérebro vai derreter. Condensando quase quatro décadas de inventos psicodélicos e experiências marcadas pela lisergia, Seres Verdes ao Redor, obra que apresentou oficialmente o Supercordas, é um verdadeiro delírio. Ainda que a essência de grupos veteranos como Os Mutantes e Clube da Esquina esteja estampada nas canções do grupo, é no teor bucólico próprio da banda, que o trabalho cresce. Com o subtítulo de “música para samambaias, animais rastejantes e anfíbios marcianos”, o registro é um passeio por um terreno úmido e fértil, uma charneca criativa como uma das primeiras canções logo entrega. Íntimo do rock rural, mas não necessariamente imerso em um ambiente confortável, o álbum se modifica a todo o instante. São emanações puramente melódicas (Ruradélica), doses condensadas de nostalgia (Frog Rock) ou mesmo instantes de puro experimento (Sobre o Calor). O ecoar de sapos e sons orgânicos por toda a obra expande ainda mais a percepção de que não se trata apenas de um disco, mas um espaço aberto para qualquer visitante.

Música e Atitude na Lapa


50 Anos de Jabaquara

Próximo domingo, dia 23 de fevereiro, o bairro do Jabaquara comemora seus 50 anos abrigando shows de Marcelo D2 e CPM22.
O palco vai ser montado entre as avenidas Ugo Beolchi e Diederichsen, estação Conceição do Metrô.
Além deles ainda tocam as bandas Planta & Raiz e Onze:20.









Festival Mix ao Vivo - Aniversário do Jabaquara
Dia 23/02, às 13 horas
Entrada 0800
Entre as Avenidas Ugo Beolchi e Diederichsen, s/nº - Jabaquara

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Rock e Blues para Bêbados

"Agora me diz, o que é que eu vou fazer
Mandar tudo a merda pensando em você
Minha passagem pro inferno em dias assim
O rato avisou que o queijo tava no fim

Eu não prometi nenhum paraíso
Pra ter você, fiz o que foi preciso
E agora eu ando sozinho estancando um sorriso cruel
Se está perto de mim tá mais longe do céu
Eu não queria essa dor mas admito que fiz

Uma balada pra quem não me quis"

A banda de rock/blues Saco de Ratos traz em suas composições letras poeticamente cruas e bêbadas, que retratam a vida boêmia de seus integrantes. 






Domingo, dia 16 de fevereiro, as 18 horas.
Ingressos: r$ 20,00

Centro Cultural São Paulo
Rua Vergueiro, 1000.

Apanhador Só na Cachoeirinha

A banda gaúcha de indie rock, fundada em 2005, abriga seu novo show na Zona Norte no próximo sábado, com as canções de seu mais recente trabalho, o interessante "Antes que Tu Conte Outra" lançado ano passado e  financiado através de crowdfunding.
Os caras costumam abusar das experimentações. Os shows de "Acústico-Sucateiro", (disco ao vivo lançado em 2011), por exemplo, incluíram interferências com objetos como gaiolas, talheres, walkie talkies e um ralador de queijo. A sonoridade geral da banda é bastante comparada com a dos grupos Los Hermanos e Pato Fu.

Apanhador Só
Sábado, dia 15 de fevereiro, as 19h30.
Centro Cultural da Juventude - CCJ
Avenida Deputado Emílio Carlos, 3641. Vila Nova Cachoeirinha.
Entrada 0800.



"Ah, fala demais
Fuma demais
Bebe demais
Ah, calcula demais
Planeja demais
E nada demais" 


aBRigo BRock apresenta: AUDAC

Débora Salomão (ex-Lonely Nerds’ Songbox) e Rodrigo Sieski (ex-Supernova Hotel) já eram músicos conhecidos na cena independente de Curitiba, tendo inclusive tocado juntos em outros projetos, como a Funny Riot, uma das bandas precursoras da cena post-grunge da cidade, e a Platinum Action, uma banda de covers.
Com Alyssa Jones, vocais e synth, eles formaram em 2009 o AUDAC.
Rodrigo viria a sair mais tarde da banda, que continuou com Débora no baixo, e a entrada de Pablo Busseti na bateria e Alessandro Oliveira (ex-Copacabana Club) na guitarra.
Nesse tempo, a banda já lançou dois EPs e fez o show de abertura para o Tame Impala em São Paulo em 2012.


Próximo sábado, dia 15 de fevereiro o quarteto de Curitiba Audac apresenta seu disco homônimo de estreia, que conta com produção de Gordon Raphael, responsável pelos primeiros discos do The Strokes. Ingressos: r$ 20,00.
Centro Cultural São Paulo
Rua Vergueiro, 1000.





 








 
Escute o som do Audac: https://soundcloud.com/audac

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Marconi Notaro No Sub Reino dos Metazoários


O LP 'No Sub Reino dos Metazoários', de Marconi Notaro, é dos expoentes da cena psicodélica nordestina. Lançado em 1973, enquadra-se na linha de obras como os discos de Lula Côrtes & Lailson - 'Paebirú' e 'Satwa', clássicos da psicodelia nacional.

Ultra-psicodélico em alguns momentos, o disco abre com o samba 'Desmantelado' (composto por Notari em 1968, "nos áureos tempos do Teatro Popular do Nordeste), com o regional formado por Notari, Robertinho de Recife, Zé Ramalho e Lula, entre outros. A segunda faixa, 'Ah Vida Ávida', com 'Notaro jogando água na cacimba de Itamaracá', mais Lula na 'cítara popular' e Zé Ramalho na viola indicam o que vem a seguir, um misto de alucinada psicodelia com pinceladas da mais singela música popular, como o frevinho 'Fidelidade' (... "permaneço fiel às minhas origens, filho de Deus, sobrinho de Satã" ...).

O momento mais radical disco álbum é a quinta faixa, 'Made in PB', parceria de Notaro com Zé Ramalho, um rockaço clássico, destacando a guitarra distorcida de Robertinho de Recife e efeitos de eco. As músicas 'Antropológicas 1' e 'Antropológica 2', como a maioria das outras canções, são improvisos de estúdio, reunindo os músicos já citados, com ótimo resultado sonoro e poético.

Com produção do pessoal do grupo multimídia de Lula Côrtes e sua mulher Kátia Mesel, o disco foi gravado nos estúdio da TV Universitária de Recife e da gravadora Rozenblit, também na capital pernambucana. A capa é um desenho de Lula Côrtes, tão chapado esteticamente quanto o som que o tosco papelão embalava, com uma foto de Marconi Notaro no centro, com o rosto dividido entre a capa frontal e a contracapa.

O álbum, infelizmente, como a maioria do catálogo da Rozenblit permanece inédito, esperando uma cuidada reedição oficial. O LP original é praticamente impossível de ser encontrado, mas uma ótima cópia em CDr já circula no universo de colecionadores.

Texto de Fernando Rosa.

Clica no link e se liga no trampo:

https://soundcloud.com/mrbongo/sets/marconi-notaro-no-sub-reino

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Metamorfose Ambulante da VIVO

Depois de celebrar a Legião Urbana com um clipe para a canção "Eduardo e Mônica" (https://www.youtube.com/watch?v=9qr0378vrXA), a VIVO agora transforma em filme a música "Metamorfose Ambulante" para homenagear Raul Seixas. Confere aí: