terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Stoner Metal na Victor Civita

Peso e atitude são as marcas da terceira edição do Projeto 3 em 1, que acontece no próximo dia 14, às 15 horas, no palco da Praça Victor Civita. Com Hellhound Syndicate, Ralo e Orozco, bandas que focam sua produção nos rótulos do “Stoner Metal”, o evento colocará as estruturas locais a prova com um som que mescla agressividade e psicodelia.  
 
O Projeto 3 em 1 tem como proposta levar música de qualidade para quem prefere sair de dia e é realizado pela Inker, com apoio do “Ponto pro Rock” e da Rádio 89FM.
A iniciativa apresenta artistas que estão despontando no underground em palcos de espaços próximos à natureza, tais como o da Praça Victor Civita, referência nacional em termos de sustentabilidade e recuperação do espaço urbano. As edições anteriores contaram com as bandas Vespas Mandarinas, Tokyo Savannah, Superdose, Jonnata Doll & Os Garotos Solventes, Mafalda Morfina e Selvagens à Procura de Lei.

A terceira edição do projeto trás as bandas Hellhound Syndicate, Ralo e Orozco.

A Hellhound Syndicate foi formada em 2008, nas entranhas do finado CB Bar, a Hellhound Syndicate tem como influências as bandas Grand Funk Railroad, Black Sabbath, MC5, Red Fang, Mastodon e Clutch. Em seu repertório, mistura blues, country e southern rock, associada com o hardrock setentista e uma variedade de elementos lisérgicos.  










A Ralo é um trio, destaque no rock instrumental, costuma dizer que possui “forte influência da M.P.B. (música pesada brasileira)”. São riffs e tambores nervosos, com melodias que vão do groove ao grunge.












O Orozco é um grupo paulistano formado por um super time de músicos que fizeram parte de importantes bandas de rock desde os anos 90, como Yo-Ho Delic, Primitive, Helldache e Imperdíveis. A banda OROzCO compila tudo isso numa mistura inusitada entre peso e distorção, com letras apocalípticas em inglês. Uma grande característica da banda é a voz de Rodrigo “Phantazma” Sacoman, que vai do melódico ao gutural mais monstruoso em segundos. Daniel “Alemão” Mangione assume os riffs de guitarra. Ricardo Cruz, o “Quinho”, coloca peso no baixo e Guto Gonzalez esmerilha a bateria. Os quatro têm em comum o gosto por bandas como Black Sabbath, Faith no More e Slayer. O OROzCO já se apresentou em festas da Revista Rolling Stone Brasil, na edição paulistana do festival DOSOL (RN), onde dividiu o palco com os suecos da Truckfighters.










Projeto 3 em 1 – shows Hellhound Syndicate, Ralo e Orozco
Data: 14 de dezembro (sábado)              
Hora: das 15h às 18h        
Local: Praça Victor Civita | Rua Sumidouro, 580 – Pinheiros          
Ingresso: Entrada gratuita   

Continental Combo

CONTINENTAL COMBO - Pocket show de divulgação do novo single Recordar é Viver + DJ set de Tiago Tellini (Programa Circo Circuito), Sexta-feira, dia 13 de dezembro. A banda Continental Combo já é uma veterana do cenário independente musical paulistano, com vários álbuns lançados, possui um estilo próprio que apresenta influências dos anos 60 e 80. Neste pocket show que realiza na Sensorial, ela irá divulgar seu mais novo single Recordar é Viver que nos dará uma ótima amostra do seu novo álbum! Entrada: Livre Dia 13 de dezembro, sexta-feira à partir dás 20:00 horas Sensorial Cervejas, Cafés & Discos Rua Augusta, 2389 - Jardins (a quatro quadras da Av. Paulista, próx. ao metrô Consolação)

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"O Blues de Todo o Mundo"

A dupla Clerouak e Maria lulú apresenta uma viagem às origens do Blues, desde o seu início na África até suas influencias hoje. Os músicos-palhaços fazem uma homenagem ao ritmo e ao estilo de vida dos bluseiros. Clerouak e Maria Lulú têm como base de sua pesquisa a figura lírica e clássica do palhaço europeu somada à força ancestral de palhaços da cultura popular brasileira e indígena, e é apresentada ao público com o intuito de retomar a essência e força desse arquétipo que habita o imaginário de diferentes povos. Nos espetáculos, a dupla desempenha diferentes funções como mágicos, malabaristas, musicistas e atores.










 






SESC Belenzinho
Rua Padre Adelino, 1017

Dia 08 de dezembro, 18h, Grátis!



segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Máquina Voadora

Depois de 17 anos sem fazer nenhuma performance, Ronnie Von se juntou a banda Os Haxixins e tocou o clássico A Máquina Voadora ao vivo durante show exclusivo para o documentário Ronnie Von: Quando éramos príncipes. Foi a primeira vez que ele se concentrou no seu repertório “psicodélico”, hoje cultuado em todo o mundo. Aliás, este ano, seus três discos da fase psicodélica — Ronnie Von (1968), A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre Contra o Império de Nuncamais (1969) e A Máquina Voadora (1970) — foram relançados em vinil pela Polysom. Quando éramos príncipes é um documentário do jornalista e escritor Ricardo Alexandre, dirigido pelo cineasta Caco Souza. O filme conta a tentativa do cantor estabelecer no Brasil um tipo de música pop, sofisticada e experimental como se fazia no exterior. Há depoimentos de amigos e testemunhas como Arnaldo Saccomani, Manoel Barenbein, Sérgio Dias e Rita Lee. Inclusive, a ex-vocalista dos Mutantes declara: “Eu acho Ronnie Von tão importante quanto Roberto Carlos, porque Ronnie apresentou outra coisa pra gente, permitiu ser o que a gente era.” Em relação ao Roberto Carlos, Ricardo Alexandre teorizou em seu blog que Ronnie Von seria o pai do rock brasileiro, por causa da sua inconformidade e transgressão. Segundo o jornalista, a paternidade roqueira de Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Raimundos e Nação Zumbi seria Ronnie; enquanto Roberto Carlos seria o padrinho de artistas como Anitta, Luan Santana e Naldo — por seguir os padrões da indústria.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

“O Mágico de Oz” no MIS















O longa de 1939 conta as aventuras de Dorothy (interpretada por Judy Garland) na terra de Oz. O lugar é muito mágico e bonito, mas a moça não vê a hora de voltar para sua casa. Para isso, ela deve encontrar um mágico que lhe mostrará como realizar o seu desejo.
Enquanto o filme for exibido no MIS, o lendário álbum “Dark Side of The Moon“, de 1973, será sincronizado com as cenas. No repertório, canções como “Money“, “Time“, e “Us and them” embalam o clássico.

O evento acontece no domingo, 8 de dezembro, às 16h. Os ingressos custam até R$ 6 e começam a ser vendidos a partir do dia 3 de dezembro.

MIS - Museu da Imagem e Som
Avenida Europa, 158.

Último Ponto Pro Rock de 2013...

... abriga Dino Linardi, Índios Nativos Valvulados e Manu Littiery
Data:
7 de dezembro (sábado)                
Hora: 15h às 18h                
Local: Praça Victor Civita | Rua Sumidouro, 580 – Pinheiros          
Ingresso: Entrada gratuita   

 


 O veterano Dino Linardi, que traz na bagagem parcerias com os consagrados guitarristas Celso Blues Boy e Big Joe Manfra e vasta experiência com a banda Golpe de Estado, sobe ao palco da Praça Victor Civita para dar voz a seu projeto solo, iniciado em 2011. Com influências que vão de Freddie King e Albert King a Jimi Hendrix, Stevie Ray Vaughan e Celso Blues Boy, Linardi aplica conceitos visuais e sonoros que tornam seus shows experiências singulares. A seu lado, formando uma “cozinha” de respeito, estão Babu Sucata (baixo), Renato Moog (órgão e teclas em geral) e Cassiano MusicMan (bateria).

Índios Nativos Valvulados é uma banda que preza pela diversidade e inovação. Na estrada desde 2011, o conjunto paulista promete energia para ir do “jazz ao punk em segundos” em sua passagem pela Praça. Já é possível conferir o trabalho dos “índios” no EP “Isso É Tudo Sobre Ela”, de 2012.
 



Trazendo a força e delicadeza feminina à atual edição do Ponto pro Rock, é possível classificar Manu Littiery como uma “investigadora” da música. Após três anos de pesquisa e trabalhos de composição, Manu e Alessandro Alves deram origem a “A Menina do Espelho”, disco que conta com produção de Thiago Bianchi, vocalista da banda Shaman. Entre as inspirações de Manu e Cia., nomes como os dos ícones do prog metal Dream Theater, The Runaways e Iron Maiden.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O Lira Paulistana

Riba de Castro foi um dos fundadores do teatro Lira Paulistana, espaço que, durante seus sete anos de existência (1979-1986), reuniu as mais diversas tribos da música independente produzida na cidade de São Paulo e nos arredores. Quando o cantor e compositor Itamar Assumpção morreu em 2003, Riba começou a esboçar um livro que contaria a história do teatro. O livro ainda não se concretizou, mas a partir dele foi se delineando a ideia do documentário, Lira Paulistana e a Vanguarda Paulista, que chega aos cinemas no próximo dia 15 de novembro.
É comum associar o nome do local aos artistas que compuseram a vanguarda paulista dos anos 1980. Premeditando o Breque, Língua de Trapo, Grupo Rumo, Itamar Assumpção e sua Banda Isca de Polícia são alguns dos grupos que por ali passaram, realmente. Mas representam uma pequena parcela dos que ali se apresentaram. Para recontar a história, foram entrevistadas 65 pessoas, entre elas Paulo Tatit, Arrigo Barnabé, Eduardo Gudin, Wandi Doratiotto, Lanny Gordin, Amilson Godoy, Vânia Bastos, Tetê Espíndola, Nelson Ayres, Paulo Lepetit, Suzana Sales, Marcelo Tas, Maurício Kubrusly, Paulo Caruso e Fernando Meirelles, que abriu a sua primeira produtora de vídeos, a Olhar Eletrônico, também na Praça Benedito Calixto, em frente ao Lira.
O pequeno espaço chegava a comportar 250 pessoas e ali passaram expoentes da música de São Paulo dos mais diversos gêneros: de Almir Sater ao grupo punk Inocentes, da música instrumental do Grupo Um ao lirismo de Tetê Espíndola. Grupos de rock que depois ganhariam renome nacional, como Ultraje a Rigor e Titãs, foram “pescados” no Lira Paulistana. “Nas catacumbas aconteciam coisas que não aconteciam na superfície”, conta Luiz Tatit em sua entrevista a Riba de Castro.














O teatro era comumente frequentado pelos membros das bandas que ali se apresentavam. Com o passar dos primeiros anos, o Lira Paulistana ampliou-se. Passou a atuar como gravadora, criou um jornal homônimo e fez do muro ao lado uma tela para intervenções artísticas que seriam trocadas a cada dois meses. Com a gravadora, o pontapé inicial foi com o álbum de estreia de Itamar Assumpção, Beleléu (1980). Seguiram-se discos do Grupo Rumo, Premeditando o Breque, Grupo Um, Patife Band, Tiago Araripe, entre outros.
Riba de Castro conta que resolveu levantar a história do teatro antes que outra pessoa o fizesse, para mostrar toda essa diversidade. “Eu quis fazer o documentário porque outra pessoa não iria demonstrar todas essas atividades que a gente promovia lá. Eu queria mostrar que o Lira Paulistana foi além da música”, defende o diretor. Durante os 97 minutos de exibição, os entrevistados traçam o panorama de atuação do Lira Paulistana e falam um pouco da relação estabelecida com o local. Clemente, vocalista da banda Inocentes, conta que muitas vezes colava cartazes do Lira Paulistana pela cidade em troca de uma graninha. “Eu perguntava: quanto ganha o cara dos cartazes? 50? Me dá os cartazes aqui que eu colo.”














Texto Itamar Dantas

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A Isca no Ibira

Banda Isca de Polícia acompanhou Itamar Assumpção ao longo de sua carreira. Aprendeu com ele e ajudou a criar a linguagem única do artista. Criada em 1979 pelo compositor, para acompanhá-lo em discos e shows. Juntos gravaram vários discos, além de participações em trabalhos de outros artistas, como Ney Matogrosso.
Participaram de importantes projetos musicais, tanto no Brasil quanto no exterior, tendo excursionado por países como Alemanha, Suiça, Áustria e Holanda.

A banda é formada por reconhecidos músicos da cena brasileira como Bocato, Luis Chagas, Marco da Costa, Jean Trad, Paulo Lepetit, Vange Milliet e Suzana Salles, que além deste trabalho desenvolvem seus próprios projetos.
A banda gravou um cd com composições inéditas de Itamar Assumpção, que faz parte do projeto "Caixa Preta", lançado pelo selo Sesc em outubro de 2010 e que contém toda a obra fonográfica do compositor. Este trabalho desde então vem recebendo calorosos elogios por parte da crítica especializada e também do público. Produzido por Paulo Lepetit, baixista da banda, contou com importantes participações como Naná Vasconcelos, Ney Matogrosso, Zélia Duncan e Arrigo Barnabé, entre outros.Agora, dia 21 de novembro a Isca se apresenta no Auditório Ibirapuera.


















quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Viva Vinil - A Feira

Apaixonados e criados pela cultura do vinil, o casal Marina Mello e Alan Fernandes lançaram a loja virtual Viva Vinil, em 2012. O projeto parte de um novo conceito, que contempla o contexto e a importância histórica destas charmosas bolachinhas, e assume como tarefa o resgate do vinil como algo significativamente representativo da diversidade musical no Brasil e no mundo. Desde a sua fundação, a loja vem realizando feiras de disco em diversos locais da capital paulistana e em outras cidades, como o Rio de Janeiro. Este ano, a Viva Vinil organizou diversos encontros no Boteco Pratododia e vem ao CCJ pela primeira vez, com stands de vinis para venda e troca, além de DJs convidados!












 Centro Cultural da Juventude
Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641. Vila Nova Cachoeirinha.
Dia 30/11, sábado, das 14h às 19h. Área de Convivência.
Livre. Não é necessário retirar ingresso.

"Direto do Fronte"

Por Leandro Fernandes da Silva

"Falo que não faço, faço tudo de novo"... é assim que se inicia o belo disco do Golpe de Estado. Uma faixa de abertura bem empolgante com um vocal bem poderoso do mineiro Dino Linardi, faixa realmente digna de abrir um disco ao bom estilo hard rock.
Seguindo para Marymoon o disco mantém em grande nível e peso a execução das músicas. Feira do Rato entra de uma forma que com certeza não deixa nem defunto parado, pancadaria do começo ao fim. A faixa Um de Nós é a melhor do disco, cadenciada em um blues perfeito e com uma letra impecável, digna de se tornar um belo clássico da banda.
O ponto mediano do disco se encontra com a faixa Rockstar, que tem uma participação especial de Dinho Ouro Preto (Capital Inicial), coisa que deixou a música bem "pop", destaque para o vídeo clipe feito para a mesma que é bem interessante e engraçado. Fora da Ordem, Dentro da Lei é uma verdadeira aula de guitarra, com bastante solos bem trabalhados e em certos momentos nos fazem pensar que o saudoso Catalau voltara a assumir o vocal.
Notícias do Fronte, Gente Pirata e a perfeita Perfume de Jasmin só confirmam a perfeição e riqueza de detalhes instrumentais encontrados nesse belo disco de hard rock nacional. O Golpe de Estado vai bem obrigado! E com muito gás para ter o seu lugar no mais perfeito rock nacional. "Golpe no Fronte" garantido!


Integrantes:
Dino Linardi: vocalista
Hélcio Aguirra: guitarrista
Nelson Brito: baixo
Roby Pontes: bateria


“Os Grãos”

Entre a ressaca nacional do Plano Collor e a ressaca pessoal cantada na faixa de abertura de “Os grãos” (Tribunal de Bar), as cores de “Bora Bora” tinham se perdido de vez. Tudo andava mais cinza e sem cor. O país duvidava de si e a empolgação dos primeiros anos democráticos se perdia após uma eleição presidencial controversa. Com as poupanças confiscadas e pouco dinheiro circulando, todas as vendagens de discos caíram no Brasil. Nesse embalo, o rock nacional – grande responsável pelas vendagens da década de 80 – entrava em xeque.
Neste disco, até certo ponto catártico, os Paralamas expurgaram alguns de seus fantasmas, jogaram muita coisa fora para tentar deixar a casa melhor assim. “Os grãos” também ficou marcado por apostar numa maior qualidade sonora, no estabelecimento de uma nova fronteira de áudio para discos brasileiros, além de abrir mais portas para a entrada de samplers e programações eletrônicas. Definitivamente, apostar em uma mudança daquelas não era a atitude mais prudente em tempos de crise, mas manter a prudência também não era exatamente uma prioridade dOs Paralamas.
A baixa vendagem e as críticas pesadas de parte da imprensa deixaram sequelas. As portas fechadas no Brasil e o sucesso da versão de Trac trac, de Fito Paez, levaram o grupo a se aproximar ainda mais da Argentina. “Os grãos” se tornou um dos discos menos ouvidos da banda e deixou faixas como relíquias, lembradas pelos fãs mais ávidos como algumas das melhores canções da banda, entre elas Vai valer, Não adianta, Ah Maria e Tendo a Lua.
 
 

"Eu queria ter uma bomba / Um flit paralisante qualquer"















CAZUZA mostra sua cara de 22 de outubro a 23 de fevereiro de 2014.
Terças das 10:00 às 22:00Quartas, Quintas, Sextas, Sábados e Domingos das 10:00 às 18:00
r$ 6,00

Museu da Língua Portuguesa
Praça da Luz, s/nº
Luz - Centro
São Paulo

Uma Possível Volta

Com um show de quase duas horas de duração, o vocalista Nasi e o guitarrista Edgard Scandurra selaram a paz na noite desta quarta-feira (30).
Em São Paulo, os líderes do Ira!, que não se falavam desde 2007, quando a banda terminou em meio a brigas, subiram ao palco em clima amistoso para tocar repertório baseado nos dois primeiros discos do grupo, "Mudança de Comportamento" (1985) e "Vivendo e não Aprendendo" (1986).
A canção "Flores em Você", do álbum de 1986, foi a primeira do encontro entre os dois. "A gente colocou tudo na balança e viu que o que vale é o sentimento bom", disse Scandurra à plateia ao receber Nasi.
A partir daí, o público, cerca de 700 pessoas --a maioria na casa dos 40 anos--, vibrou ao som de sucessos como "Eu Quero Sempre Mais", "Tarde Vazia", "Dias de Luta", "O Girassol" e "Envelheço na Cidade", além de cover de "Foxy Lady", de Jimi Hendrix, e de "Você não Serve pra mim", de Roberto Carlos.
"É melhor coisa do mundo ver eles juntos de novo", dizia olhando para o palco, quase chorando, a produtora de eventos Daniela Almeida, 39 anos, fã há 25 deles.
O compositor Arnaldo Antunes, o vocalista do RPM, Paulo Ricardo, e o trompetista Guizado também participaram da apresentação, realizada no Espaço Traffô (zona sul de São Paulo), local normalmente usado para festas de casamento e eventos corporativos --daí os problemas de acústica sentidos em algumas canções, sem desanimar a plateia, no entanto.
Completando a banda, estavam o baixista Daniel Scandurra (filho de Edgard), o tecladista Johnny Boy e o baterista Felipe Maia.
A renda foi destinada a bolsistas da escola Novo Ângulo Novo Esquema, que atende crianças com dificuldade de aprendizagem. Lucas, um dos filhos de Scandurra, estuda no local e foi o idealizador do evento.
"Estamos à vontade. Tudo isso [o caráter beneficente do evento] quebra qualquer miasma do passado", disse Nasi à Folha no camarim, antes de subir ao palco. "O rock é feito disso, de brigas. É um casamento sem sexo", completou ele, para quem um só ensaio bastou para o encontro, ainda que canções como "Nas Ruas" não fossem tocadas há mais de dez anos.
 
POSSÍVEL VOLTA
No que depender de Nasi, o Ira! pode voltar no próximo ano. Segundo o vocalista, desde que o show "da paz" foi anunciado, o grupo recebeu diversos convites para tocar, o que o motiva a uma possível continuidade, que vem sendo tema de conversas com Scandurra.
"Mas não quero deixar minha carreira solo, que está estabilizada", ressalta ele, que planeja lançar novo álbum e DVD no próximo ano. "E preciso saber se quero aceitar o resto da formação de volta", ri. Para ele, o grupo poderia voltar com integrantes diferentes.
"A gente deveria ter dado um tempo depois do 'Acústico' [MTV]", diz Nasi sobre as brigas que separaram o grupo em 2007. O álbum, lançado em 2004, foi o mais vendido da carreira do Ira!, com cerca de 300 mil cópias.
 
GIULIANA DE TOLEDO
Folha de S.Paulo
 
 
 

Conexão SP



No domingo, 10 de novembro, o Largo da Batata é o abrigo da Conexão SP a partir das 14h, com música nacional de qualidade com os shows do Bixiga 70, a volta do Macaco Bong, Orkestra Rumpilezz e o DJ MZK. Entrada 0800.

O Bixiga 70 esta lançando seu novo álbum com aquele bom afro-groove. O trampo vem sem nome, mas o conteúdo sonoro é riquíssimo e mais amplo que o anterior que centrava-se mais no afrobeat. A evolução do grupo é notável marcando ainda mais o nome do Bixiga 70 como uma das bandas mais interessantes no cenário musical brasileiro atual. Instrumentais com muito peso e energia a la Budos Band, cheio de referências a música brasileira e africana de raíz, muita batucada e percussão, metais estridentes, baixos frenéticos, Candomblé, carimbó, samba, dub, música eletrônica, tudo misturado. O caldeirão sonoro é uma refeição completa aos ouvidos esfomeados.

O Macaco Bong é uma banda de rock instrumental brasileira, oriunda de Cuiabá, Mato Grosso. Começou como um quarteto em 2004 e em 2005 se transformou em um power trio. Lançou um "álbum virtual" distribuído gratuitamente, incluindo encartes e making of - pela Trama; este álbum despertou a atenção de críticos profissionais da área. A banda também recebeu críticas positivas da revista Rolling Stone e no Caderno 2 do Estadão. Inclusive, seu líder foi eleito pela revista como um dos "70 Mestres Brasileiros da Guitarra e do Violão".

A Orkestra Rumpilezz é um orquestra de percussão e sopros criada em 2006 pelo maestro Letieres Leite, vencedora do Prêmio Bravo! de Melhor CD Popular do Ano e do Prêmio da Música Brasileira, nas categorias Revelação e Melhor Grupo Instrumental.

O Largo da Batata fica na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 760, Pinheiros... É só chegar!

Psicose 4.48

Texto de Sarah Kane. Tradução: Laerte Mello. Concepção e Direção: João Paulo Nascimento, Katiana Rangel e Rodrigo Pavon. Performance: Katiana Rangel. Composição Musical: João Paulo Nascimento.

Psicose 4.48 mostra o "eu" como uma entidade problemática que, se deslocando e lutando contra seus próprios limites, se transforma. A mesma fragmentação do eu e o rompimento de barreiras que a mente psicótica experiência se reflete literalmente na estrutura da peça. A autora nos revela uma mente que se deforma e permite que o público entre e se reconheça nela. Duração: 60 minutos. Auditório (40 lugares). Sujeito à disponibilidade de ingressos.

SESC Ipiranga, Rua Bom Pastor, 822. De 08 de novembro a 14 de dezembro.
Entrada r$ 20 inteira e r$ 10 meia. Sextas-feiras, as 20h30 e sábados, às 19h30. Não haverá sessão do espetáculo no dia 15/11.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Feriado Ponto pro Rock

No próximo sábado, dia 2 de novembro, a Praça Victor Civita promove mais uma edição do festival Ponto pro Rock. Na ocasião, são convidadas as bandas independentes Pálpebra, Chains e a cantora Brunna Buzollo. Os shows começam a partir das 15h e a entrada é gratuita.
 
Idealizado no início de 2011 por Ricardo Lopes em parceria com Fernanda Caloni, o projeto Ponto pro Rock é realizado em um sábado de cada mês. O evento tem por objetivo dar visibilidade a grupos em começo de carreira que, no universo do rock, ainda não tenham seus sons e caminhos explorados.














A banda Pálpebra é uma banda de rock formada na metade de 2011 por Rafael Alegre (voz) Marcelo Bessa (guitarra), Hector de Paula (baixo) e Marques Galles (bateria) que desde o inicio tem a proposta de desenvolver um trabalho autoral, com letras em português. No começo de 2012, teve suas primeiras experiências em palcos sendo uma delas no Manifesto Rock Fest, onde atingiu boas criticas por parte do público e da organização do festival. No mesmo ano, a banda se dedicou à gravação de suas quatro primeiras Demos que foram produzidas pelos próprios integrantes de forma independente. 











A cantora e compositora Bruna Buzollo transita por vários estilos como rock, blues, folk e groove, indo de sons animados ao romantismo do suave violão; de marcações fortes do baixo distorcido ao timbre Hammond dos teclados, combinados com o peso dos metais e guitarras distorcidas. Contudo, a identidade da cantora é marcada pela sua bela voz grave e de seus backing vocals. 









O som da banda Chains pode ser classificado como metal alternativo, com influências de bandas como Metallica, Pearl Jam e Godsmack em sua sonoridade e as letras tem como principal inspiração Savatage, Staind e Cold. A banda é formada por Giovanny (vocal e guitarra), Daniel (guitarra) e Marcos (baixo). 


Ponto pro Rock na Praça – Pálpebra, Brunna Buzollo e Chains  
Data: 2 de novembro (sábado)                
Hora:
das 15h às 18h        
Local:
Praça Victor Civita | Rua Sumidouro, 580 – Pinheiros          
Ingresso:
Entrada gratuita 

35 Anos da Baratos e Afins










Dia 15/11 - Fábrica de Animais e Messias

Desde sua origem, em 2007, a banda Fábrica de Animais apresenta-se com grande frequência em São Paulo. Além de realizar o 1º Festival Fábrica de Animais no Juke Joint, antigo Sanja Jazz Bar, tocou no Bourbon Street, Sesc Vila Mariana, Centro Cultural São Paulo, Studio SP, e realizou temporadas em locais de destaque da nova cena do rock paulista, como Livraria da Esquina, Club Noir e Sarajevo. No show a banda, que lançou recentemente seu primeiro CD pela Baratos e Afins, mostra composições próprias onde a identidade musical construída pela mistura de blues, rock e soul destaca-se revelando uma maneira original de escrever e tocar rock´n´roll. 

Messias Elétrico é um experimento musical fundado em meados de 2010. Um amálgama das diversas influências de cada integrante, lírica e musicalmente falando, o que resulta num caldeirão de possibilidades ilimitadas trabalhando a favor da música.
 











Dia 20/11 - As Mercenárias e Radioativas    

A banda Radioativas traz a tona a cena musical do punk 77 através das guitarras do classic e hard rock, com influências que vão de Runaways a Beatles e Blondie, dos Rolling Stones a Ramones.

As Mercenárias é um grupo de pós punk nacional que surgiu no início dos anos 80, tem influências de bandas inglesas como Siouxsie and the Banshees, Joy Division, The Slits e Sex Pistols. Depois de um hiato musical o grupo retorna com a integrante da formação original Sandra Coutinho mais as novas integrantes Geórgia Branco (guitarra) e Pitchu Ferraz (bateria). O guitarrista Edgard Scandurra integrante original das bandas Mercenárias e Smack, participa das duas apresentações.









 


 

Dia 21/11 - Salário Mínimo e Golpe de Estado

Pioneira do Hard/Heavy brasileiro, a banda Salário Mínimo participou da primeira versão da histórica coletânea "SP Metal" (Baratos Afins, 1984) com as músicas “Cabeça Metal” e “Delírio Estelar”. Três anos depois, o grupo lançou seu primeiro álbum, “Beijo Fatal” (1987) ficando inativa em meados de 1990. O grupo paulistano vem promovendo o seu novo álbum, “Simplesmente Rock”, lançado pela gravadora Voice Music. Com China Lee - vocal; Daniel Beretta - guitarra; Junior Muzilli - guitarra e voz; Diego Lessa - baixo e voz; Marcelo Campos - bateria.

O Golpe de Estado é uma das principais bandas de hard rock do Brasil. Com quase 30 anos de carreira e atualmente, com nova formação, se dedica à divulgação do seu recém lançado disco “Direto do Fronte”. Nos shows, além das recentes, embala novamente as canções dos anos 80. Com Dino Linardi - vocalista; Hélcio Aguirra - guitarrista; Nelson Brito - baixo; Roby Pontes -bateria.














Dia 15 a apresentação começa às 16 horas, dias 20 e 21 às 20 horas.
Todos os shows acontecem no SESC Consolação, rua Doutor Vila Nova, 245, Vila Buarque, a entrada para cada dia de apresentação é r$ 20 inteira e r$ 10 meia.

Ano novo em Bagdá

O nome é empréstimo de um romance de Edward Bunker, narrativa dos tempos do autor norteamericano na penitenciária de San Quentin, e a sonoridade é rock’n’roll bluesy para maiores. Trata‐se da Fábrica de Animais, banda da classe de 2007, que acaba de chegar ao primeiro álbum, registro homônimo. Ao longo do álbum, composições exclusivamente da banda, caso de “Ano novo em Bagdá”, “But not today”, “Honey” (a única em língua inglesa do registro), “Puta não tem nome”, “O que é que tem na rua?” e “Sua esposa ligou”, e os temas cometidos em parceria com o poeta Marcelo Montenegro, que divide com D’Umbra a assinatura do discurso de “Tô cansada” e “Farra de cicatriz”, e Ricardo Lacerad, do grupo Seminal, em “Torto trôpego cambaleante”. Produtor musical do lançamento, Arara responde por “Pneumonia”. Um repertório cujas letras cinematográficas mencionam personagens da paulicéia noturna, Nick Cave, Sonic Youth, Shakespeare, Luiz Melodia, entre outros.


A Fábrica é:
Fernanda Dúmbra – Voz
Sérgio Arara – Guitarra
Flavio vajman – Gaita
Cristiano Miranda – bateria
Caio Góes – Baixo







A apresentação acontece dia 1º de novembro. Sexta. 23h00.
Entrada r$ 40 (inteira) r$ 20 (meia)
CIT-Ecum - Centro Internacional de Teatro
Rua da Consolação, 1623.

Devotos na Pompéia

Há exatos 25 anos, em pleno berço do maracatu e de outras manifestações musicais típicas do Nordeste, emergia o punk rock hardcore de Cannibal, Celo e Neilton. A formação é a mesma desde 1988, união que deu voz às questões sociais da comunidade do Alto José do Pinho, em Recife, na época um dos lugares mais violentos da capital pernambucana. De subúrbio em subúrbio, os Devotos do Ódio começavam a despontar na cena recifense e logo ganhariam repercussão nacional. Agora os Devotos completam 25 anos de uma trajetória registrada em sete álbuns e densa em histórias.

O show terá participações especiais de Clemente (Inocentes), Sandra Coutinho (As Mercenárias), Felipe S. (Mombojó) e de Ras Bernardo, um dos grandes precursores do reggae no Brasil e acontece na próxima quinta-feira, dia 31 de outubro no SESC Pompéia, rua Clélia, 93, as 21h30. A entrada custa r$ 16 inteira e r$ 8 meia. 


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Fogo Azul de um Minuto


Sem armas de fogo ou emprego da violência, um grupo de terroristas ataca o lugar mais concorrido do momento: o fictício Balneário de Cine. Conhecida como a “Rede”, a quadrilha é composta por três homens e uma mulher. Eles armam um esquema sofisticado de cooptação das massas, cuja principal arma é a poesia. Essa é a trama do novo espetáculo “Fogo Azul de um Minuto”, com direção de Zé Henrique de Paula. O elenco é composto pelos atores do Núcleo Experimental de Artes Cênicas do SESI-SP.
Com referências a passagens da vida do artista francês Yves Klein, “Fogo Azul de Um Minuto”, também aborda ações situacionistas da primeira metade do século 20, na Europa.
 
Fogo Azul de Um Minuto
Centro Cultural FIESP
Avenida Paulista, 1.313 -São Paulo
Tel.: 
(11) 3146-7405
Quinta a sábado, às 20h30; e domingo, às 19h30
Espetáculo não recomendado para menores de 12 anos
Em cartaz até 8/12/2013