quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

As Mulheres do BRock

17 bandas de rock brasileiras compostas por mulheres para ouvir agora: por Luciano Andolini do Papo de Homem O rock é como um vilão de histórias da Marvel. Sempre que ele parece estar morto e enterrado, uma grande reviravolta acontece e ele retorna, sob uma nova forma. Mais forte, em edição revista e atualizada, pronto pra encarar os problemas do novo mundo que se apresenta. Desde seu surgimento as pessoas parecem ter um certo prazer em anunciar seu fim. Foi assim quando o rockabilly perdeu força e deu surgimento ao rock psicodélico. Depois, veio o hard rock, o progressivo, o punk, o grunge. Assim, se me perdoam a explicação grosseira, ele vai e vem e se renova em ondas mais ou menos populares. Hoje, aparentemente, estamos em uma dessas marés baixas. O Rap e o Funk mais fortes do que nunca, fazem a cabeça da molecada muito mais do que a rebeldia caricata de outrora. Além disso, as tecnologias que se apresentam para fazer música atualmente são mais fáceis de se aprender e baratas do que comprar e estudar uma guitarra. Assim, não é de se espantar que tenhamos pouca música com guitarra, baixo e bateria rolando nas rádios e revirando a cabeça dos adolescentes. Mas o New York Times deu a letra: as mulheres estão fazendo o melhor rock atualmente. Em geral, no melhor espírito punk, elas pegam seus instrumentos, produzem, gravam clipes, divulgam e organizam eventos próprios. Quando o espaço não está lá, disponível, essas mulheres se acotovelam e o conquistam. Ou, até melhor: o criam. As mulheres fazem o rock mais urgente, interessante e verdadeiro que existe atualmente. Não apenas nas vertentes do punk, mas em todas as suas frentes. A lista do New York Times é gringa, então, automaticamente fica no ar a necessidade de trazer a ideia para o Brasil e montar uma lista nossa. Como rock é um conceito elástico, tentei selecionar uma mistura de bandas mais pesadas, mais punk, mais metal, mais psicodélicas e também algumas mais leves, mais dançantes, mais indie. Poucas as chances de você gostar de todas, dada a variedade, mas uma ou outra deve fazer seus ouvidos levantarem aí. A ideia não é selecionar objetivamente as melhores (até porque isso é impossível), mas apresentar novas referências. O filtro, claro, não é nenhum selo universal de qualidade. É em maior parte só o meu gosto. Far From Alaska