Roberto Frejat sempre gostou de música desde pequeno. Quando tinha seis, sete anos, comprou seus primeiros discos. No início, ouvia Beatles e Roberto Carlos, Simon & Garfunkel, Nat King Cole, João Gilberto e Tchaicowwsky, influenciado pela coleção de seus pais. Aos dez anos começou a ter aula de violão com um professor que segundo ele, era “chato”. Desestimulado, deixou o instrumento encostado num canto do seu quarto durante quatro anos.
Até os 13, só ouvia Rock and Roll: Deep Purple, Led Zepellin, Beatles, progressivos. Ia a Shows de grupos de Rock, via os caras tocando na sua frente e queria fazer aquilo. Quando chegou aos 14, ainda muito fissurado em música, voltou a ter aulas de violão. A Partir daí começou a se interessar por música brasileira: Noel Rosa, Chico Buarque, Cartola, Novos Baianos, Mutantes… Alguns meses depois resolveu aprender a tocar guitarra e começou a ter aulas com Gaetano Gallif, seu “mentor”.
Frejat sempre soube que queria ser músico. Sua dedicação à música era sempre maior em relação à das outras pessoas com quem tocava. Para ele, música não era apenas passatempo, ali estava seu futuro.
Quando convidado a ensaiar com o Barão Vermelho, foi para preencher a vaga do guitarrista que tinha saído da Banda. Frejat tinha 19 anos na época e imediatamente percebeu que aquelas pessoas ensaiando todo dia, com vontade de deixar a música pronta era exatamente o que estava procurando.
Fisgado pelo Barão, formado aquela altura por Mauricio Barros, Dé Palmeira e Guto Goffi, Frejat logo encontrou afinidades para compor com Cazuza, o último a entrar no grupo. A parceria deu personalidade autoral a banda e é uma das mais ricas da música brasileira.
Em 1985, depois do histórico show do Rock in Rio 1, seu parceiro partiu para carreira solo. Coube a Frejat se tornar o vocalista do grupo. Sem a menor ideia do tamanho do desafio, sua maior preocupação era fazer aquele barco continuar a navegar.
Em 2001, o Barão Vermelho resolveu parar suas atividades temporariamente. Era a oportunidade para Frejat multiplicar seu talento, sem as amarras que às vezes o trabalho em uma banda cria; abrindo assim seu leque de parceiros, com novos músicos e outras formas de lidar com sua criação.
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